Bailarino da Cia de Dança do Pantanal se apresenta com artistas da República Tcheca e refugiados da Ucrânia


Apresentações integram o Encontro Rotas e acontecem no Rio de Janeiro e Brasília

O bailarino Agustin Salcedo, da Cia de Dança do Pantanal, foi convidado para se apresentar com intérpretes brasileiros, artistas convidados da República Tcheca e refugiados da Ucrânia, no Rotas, que integra a programação do festival Dança em Trânsito.

Apresentações aconteceram no Rio de Janeiro na última semana e, nesta quarta-feira (9), Brasília receberá o trabalho, às 17h30, no Museu da República, fruto de uma parceria criativa, desenvolvida em uma residência. A proposta é também a vivência das histórias individuais que se entrelaçam.

Os encontros foram programados para a realização em duas partes – Brasil e República Tcheca. As apresentações do resultado dos encontros Rotas também serão realizadas nos dois países, em parceria com os festivais Tanec Praga e Dança em Trânsito.

Agustín Salcedo é argentino e está na Cia de Dança do Pantanal desde 2019, quando foi escolhido para integrar o corpo de bailarinos profissionais. “A Cia de Dança do Pantanal representa um antes e depois na minha carreira. Ela representa a expansão da minha carreira. Tenho aprendido muito e estou muito grato com isso. Não só fui enriquecido na dança como também na vida pessoal. Tive a oportunidade de conhecer o Pantanal, a sua importância e o respeito pelos animais e pelas culturas locais”, afirma.

No ano passado, parte da Cia de Dança do Pantanal se apresentou em Paris, também no festival Dança em Trânsito, com o espetáculo Carne Quebrada. A partir disso, surgiu o convite para que ele representasse a companhia sul-mato-grossense no Rotas.

Apesar dos artistas terem se conhecido e discutido sobre a apresentação, a coreografia é, em partes, criada no momento. “Fizemos alguns encontros antes para ter uma ideia de como vamos nos movimentar no espaço, por exemplo. Mas, também, temos um momento livre, em que cada um pode mostrar o que carrega consigo”, explica o bailarino.

Para Agustín, participar dos encontros Rotas só acrescenta na bagagem profissional e pessoal. “As experiências são sempre muito enriquecedoras, gratificantes. E não acrescenta apenas à minha dança, mas a todo o trabalho da Cia de Dança do Pantanal, pois vou poder compartilhar com meus colegas e amigos, como sempre fazemos”.

Dança em Trânsito em Corumbá
Em sua 21ª edição, o Dança em Trânsito, um dos maiores e mais abrangentes festivais internacionais de dança contemporânea do país, estará em Corumbá com duas apresentações, no Moinho Cultural, no dia 28 de agosto, às 18h. As apresentações são gratuitas. O festival é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale.

O projeto Dança em Trânsito reúne apresentações artísticas, formação, capacitação, reflexão e intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do Brasil e do mundo. É um festival plural e itinerante, que possibilita trocas de experiências entre artistas e companhias nacionais e internacionais convidadas, e ainda incentiva o desenvolvimento das linguagens da dança.

O Dança em Trânsito é caracterizado por democratizar trabalhos em destaque na cena atual e por ocupar diferentes espaços: de teatros a praças e ruas. A cada edição, estende o acesso a novos públicos, prezando pela democratização da cultura e reforçando o compromisso de fortalecer e divulgar a dança contemporânea em consonância a outras culturas e segmentos da dança e com a cultura popular brasileira.

Para compor as programações das cidades, foram selecionados artistas e companhias brasileiras de norte a sul do Brasil, assim como artistas e companhias internacionais.

Sobre a Cia de Dança do Pantanal
A Cia de Dança do Pantanal foi criada em 2017, na cidade de Corumbá/MS, fronteira com a Bolívia, sendo uma das ações integradas do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano. O intuito desde o início é de proporcionar acesso e oportunidade de profissionalização de bailarinos oriundos de projetos sociais sul-americanos, bem como representar o território pantaneiro, divulgando a dança com repertórios que incluem peças neoclássicas e contemporâneas, criadas por coreógrafos nacionais e internacionais.

A Companhia se propõe a explorar e focar em seus trabalhos contemporâneos um dos biomas mais preciosos da Humanidade, o Pantanal, que se estende pelo Brasil, Bolívia e Paraguai, países que têm o estado de Mato Grosso do Sul como adjacente e é considerada a maior área inundável do planeta. A “COMPANHIA DE DANÇA DO PANTANAL” é um espaço onde artistas locais, nacionais e internacionais, formados com um alto grau de conhecimento técnico, artístico e profissional nos padrões internacionais representam Corumbá/MS e o Brasil, dentro e fora do país, para um público cada vez mais exigente de qualidade, excelência e grandeza no Brasil e no mundo.

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