Wilson Aquino*
É inegável que a paternidade carrega consigo uma responsabilidade sagrada e vitalícia. Os pais têm o dever intrínseco de guiar seus filhos com amor, retidão e uma orientação que ultrapassa o mero cumprimento das necessidades físicas e intelectuais. Afinal, educar é muito mais do que prover alimento e abrigo; é moldar valores, princípios e caráter. Uma questão, acima de tudo, espiritual, para que tenhamos uma sociedade muito melhor amanhã.
Nesse contexto, os ensinamentos presentes na “Família – Proclamação ao Mundo”, documento emitido pela primeira presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ressoam como um lembrete poderoso da grandeza dessa incumbência: “Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender às suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da lei, onde quer que morem”.
À medida que celebramos o Dia dos Pais como nesta semana, é crucial refletir sobre a imensurável influência que os pais exercem na formação das futuras gerações. Infelizmente, testemunhamos muitos casos de pais que não conseguem cumprir integralmente essa missão essencial. O aumento alarmante de crianças, jovens e adolescentes trilhando caminhos perigosos em direção às drogas, à violência e ao crime é um reflexo doloroso dessa lacuna na orientação paternal.
O livro de Provérbios (22:6) nas Escrituras Sagradas nos ensina: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. A sabedoria desse provérbio ecoa através das eras como um lembrete de que a formação de valores e caráter começa desde a mais tenra idade. Pais, vocês têm o poder de traçar um caminho sólido para seus filhos, orientando-os na direção do bem e da retidão.
É crucial reconhecer que muitos jovens, lamentavelmente, se perdem em meio às complexidades das cidades brasileiras, sucumbindo aos desafios da bebida, drogas, criminalidade e violência. Esse cenário sombrio sinaliza a necessidade de uma abordagem mais abrangente e comprometida por parte dos pais. Aqueles que se encontram nessa situação de desespero e angústia devem entender que não estão sozinhos nessa luta. O Senhor está com vocês e dessa forma a esperança prevalece, e a capacidade de transformação torna-se sempre presente.
Resgatar um filho que se perdeu nos abismos da vida exige esforço inabalável e determinação incansável. A jornada pode ser difícil, repleta de obstáculos aparentemente intransponíveis. No entanto, nunca se deve desistir. Jamais! pois a fé, a perseverança e o amor incondicional têm o poder de reverter situações aparentemente irremediáveis. Mesmo quando todas as tentativas parecem fracassar, a crença na intervenção divina deve persistir, pois muitas vezes é nos momentos mais sombrios que os milagres acontecem.
A “Proclamação ao Mundo” alerta solenemente sobre as implicações de negligenciar as responsabilidades familiares: “As pessoas que deixam de cumprir suas responsabilidades familiares deverão um dia responder perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações. Advertimos também que a desintegração da família fará recair sobre pessoas, comunidades e nações as calamidades preditas pelos profetas antigos e modernos”.
Portanto, é vital compreender que a criação de uma sociedade saudável começa na base, na família, e os pais desempenham um papel central nessa construção.
Ser pai é uma tarefa complexa e cheia de desafios, mas é também uma das mais nobres e enriquecedoras. É um chamado divino para nutrir e guiar a próxima geração em direção à virtude e à retidão, salvaguardando seus futuros e contribuindo para o aprimoramento da sociedade. Encare esse desafio e seja uma pessoa realizada ao entregar ao mundo bons filhos, homens e mulheres, cidadãos honrados, com a ajuda de Deus.
*Jornalista e Professor